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quarta-feira, 26 de junho de 2013

❤ Como surgiu a música em desfiles de moda... ❤




Essa é a história de um dos cantores mais românticos de todos os tempos...
Relatada brilhantemente por Mon Très Cher Ami, o premiadíssimo escritor NILTON BUSTAMANTE. 




Como surgiu a música em desfiles de moda...



Você sabia que MANOLO OTERO, um dos cantores mais românticos de todos os tempos, senão foi o primeiro, foi um dos primeiros a introduzir “música” em desfiles de moda? Ele foi considerado o homem mais bonito da Espanha e também fez sucesso nas passarelas. Leia um trecho do livro “Manolo Otero, por Manolo” e saiba como tudo aconteceu. E se desejar saber mais, muito mais, inclusive de curiosidades sobre Julio Iglesias, ao final, há o link da loja virtual da Editora Polobooks, onde o livro poderá ser adquirido (vem com um CD com os Grandes Sucessos de Manolo Otero).

(trecho do livro... “Manolo Otero, por Manolo”) 

“ E que venham as passarelas...

Quero falar sobre quando tive que me dedicar a ser modelo de passarela.
...
Vidas heterogêneas reunidas querendo um único destino: O reconhecimento,
o dinheiro e tudo o que faz do ser humano algo mais sublime. E eu no meio dessa
corrente. Quando terminei a comédia, Fuller me disse que, enquanto eu não
encontrasse alguma coisa, ele poderia me apresentar para o famosíssimo estilista
Elio Berhanyer, que iria desfilar sua coleção Verão-Inverno, e pela primeira vez
incluiria moda masculina. Elio era, quando o conheci, um cara com quem me dei
muito bem, rebelde, com humor; me explicou do que se tratava: havia em sua
casa um amplo salão e ali ele apresentaria a sua coleção. Eu lhe disse que nunca
tinha feito nada parecido, mas me parecia fácil, especialmente para mim, que já
tinha trabalhado como ator. No fim, me fizeram umas roupas que consistiam em
uns paletós pretos, mais do tipo do século XIX, calças xadrez e um cachecol da
mesma cor, umas botas com cravas e cadarços, sapatos com zíper, um casaco de
pele de urso e até um traje de caçador – para mim que não mato nem uma aranha.
Havia uma passarela no salão, não muito alta, e nos dois lados, senhoras, compradores, e outras pessoas que iriam assistir.

No começo, o desfile estava acontecendo em silêncio eclesiástico. Além de mim
havia três modelos: uma era a Bárbara, inglesa e doce, a outra Babette, francesa,
muito graciosa e mente aberta. Da terceira não me lembro bem. Começou o desfile,
como todos. Saía uma moça e mais ninguém, ao terminar, saía outra.
Quando chegava a minha vez a mesma coisa.

Parecia um regime militar, dia após o outro, até que um dia me cansei desse
aborrecimento e fiz o seguinte: quando uma modelo estava para sair de cena eu
a pegava pelo braço e íamos juntos pela passarela. No começo causei um pouco
de alvoroço, mas logo se acostumaram. Falei com Elio e lhe disse que isso, feito
desse jeito, parecia um enterro e que ele deveria por uma música durante todos
os desfiles. Assim foi feito e comecei a improvisar. Quando me dava na telha eu ia
primeiro, esperava a moça aparecer e logo a pegava pelo braço e a levava. Outras
vezes saíamos juntos sem avisar e as meninas, acostumadas com a mesma coisa de
sempre, começaram a tomar gosto e nós nos divertimos bastante. Elio Berhanyer
gostou do novo jeito e assim seguimos até tudo terminar na Rua Ayala. Eu e ele
ficamos amigos e, às vezes, saíamos para beber alguma coisa ou ir a algum lugar.

Ele estava separado, tinha dois filhos de 10 anos e mesmo que me dissessem que
ele era homossexual, eu estava pouco me lixando.

Comigo ele sempre se comportou perfeitamente. “

...

O livro está sendo vendido neste link da editora:


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