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domingo, 22 de outubro de 2017

♥ A Soprano Carla Cottini volta ao palco do Theatro São Pedro em montagem de "Don Giovanni" ♥ BR ♥


Carla Cottini
Foto by Fernando Louza


A Soprano Carla Cottini volta ao palco do 
Theatro São Pedro como Zerlina, em montagem de 
"Don Giovanni" sob a regência de Claudio Cruz


Com apresentações agendadas em São Paulo para 28 e 30/10 e 1º, 03 e 05/11, esta será a terceira vez que a cantora lírica interpretará a mesma personagem de Mozart


Depois de interpretar Zerlina, no final de agosto, na primeira montagem da ópera “Don Giovanni” no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, a soprano brasileira Carla Cottini retorna a São Paulo para mais uma agenda de ensaios e apresentações sob a regência do maestro Claudio Cruz no teatro homônimo da capital paulista e no mesmo papel. Com apresentações agendadas para 28 e 30/10 e 1º, 03 e 05/11, esta será a terceira vez que a jovem cantora lírica fará a personagem de Wolfgang Amadeus Mozart – a primeira foi no Teatro Municipal de São Paulo, em 2013, fato que também assinala seu début  numa montagem operística profissional.

Sobre a experiência de voltar a interpretar Zerlina em outro teatro e com elenco e maestros diferentes, Carla diz: “Uma das maravilhas dessa profissão é poder interpretar o mesmo personagem com colegas e situações distintos em países e cidades diversas em diferentes fases da nossa vida. É algo que permite com que o papel ganhe solidez, peso. As referências aumentam, passamos a entender o personagem a partir do ponto de vista de muitas outras pessoas e forma, pouco a pouco, a sua versão. E essa versão é mutável, porque a ópera é um modelo artístico que acontece ao vivo e, portanto, começa e termina. Flutua, é móvel e flexível. E isso é o que há de mais belo ao ir à ópera: uma récita jamais é igual à outra. Amo fazer a mesma personagem mais vezes”.

Zerlina, porém, não é a única personagem de Mozart no repertório de Carla. Além das montagens de “Don Giovanni” no Teatro Municipal de São Paulo e no Theatro São Pedro (Porto Alegre), interpretou Susanna, de “As Bodas de Fígaro”, em 2014, em Valencia (Espanha) e no Theatro São Pedro (São Paulo); em 2015, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e, em agosto de 2017, na Berlin Opera Academy (Alemanha). Também em 2015 deu voz para Pamina (“A Flauta Mágica”) na Opera Studio, do Teatro Municipal de Sao Paulo. Já em 2016, cantou a Missa em Dó Menor no Palácio das Artes e interpretou Despina, de “Cosi Fan Tutte (Despina)” na Sala Minas Gerais, ambas em Belo Horizonte.


A caminho de sua décima participação em uma obra de Mozart, Carla admite que ainda está longe de se tornar uma intérprete especializada no repertório do célebre compositor austríaco. “Para eu me tornar realmente uma especialista em Mozart, talvez eu precise de algumas décadas. É muita coisa, muito estudo, muita dedicação. Mas posso afirmar que sigo me aperfeiçoando, porque acredito que a prática conduz o aprendizado. Não sou eu quem decide conscientemente cantar Mozart. Os convites aparecem e aceito com toda a alegria. Talvez eu atraia inconscientemente esses personagens justamente por me identificar de maneira profunda com o repertório. Em todas as produções em que fiz Susanna, por exemplo, fico em dúvida entre quem sou eu e quem é ela durante todo o processo de ensaios e apresentações. Acabo levando sempre parte dela comigo para a minha vida e para a minha casa. Ela mexe comigo. É muito profundo. Eu me conecto rapidamente com os personagens de Mozart e a música entra facilmente na minha alma. Quando vou ver, já decorei”, diz.


À NE PAS MANQUER !!!


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