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domingo, 7 de junho de 2020

A artista plástica Teresa Kodama participa de live sobre Violência contra a Mulher na pandemia




Teresa Kodama foi convidada por Maria Lima, advogada e amiga, para participar de uma live e falar sobre “As Mulheres na Política e os Reflexos da Violência contra a Mulher na pandemia”.

Teresa Kodama que também é artista plástica, falou sobre a importância da representatividade das mulheres na política mencionando a desigualdade de cotas nos partidos.

Em sua opinião se as cotas fossem de 50% para os homens e 50% para as mulheres, não haveria problema.

Hoje as cotas para as mulheres são de 30% e não há igualdade.

Também mencionou que as mulheres poderiam fazer Cursos de Formação em Política, visando as eleições para Deputadas Estaduais ou Federais e também como Vereadoras assim como outros cargos importantes.

Cursos de Direito Administrativo, por exemplo, seria um dos cursos, pois que matéria administrativa também é muito importante.

Mencionou como exemplo duas mulheres que são expoentes.

Uma delas é a amiga e Juíza de Direito, a Doutora Vanessa Mateus, que se elegeu o ano passado como primeira Presidente da APAMAGIS - Associação Paulista de Magistrados, que foi eleita com uma expressão significativa de votos.

A Doutora Renata Gil também foi eleita como primeira Presidente da AMB - Associação de Magistrados Brasileiros.

Esses cargos importantíssimos nunca foram ocupados por mulheres, e agora, ocupados por mulheres fortes e combativas, sendo importante serem ressaltados. Seria importante a participação das mulheres na política, para que haja um fortalecimento da nossa condição e para encaminhamento de projetos ou ações voltadas para a mulher e também para toda a sociedade.

Sobre a violência doméstica, houve um aumento não em decorrência da pandemia em si, mas da violência que existia anteriormente e que desencadeou em decorrência de problemas econômicos financeiros, provavelmente em decorrência de convívio que não é mais desejável, uso de drogas e também de bebidas. Então, essas situações podem acarretar o aumento muito grande da violência.

É importante mencionar que houve aumento da violência em mais ou menos uns 49% em São Paulo 50% no Rio de Janeiro.

Como exemplo, houve aumento de violência doméstica também na América Latina e na China. Os casos de feminicídio aumentaram nesse período de confinamento, sendo que ocorreram 10 ou 11 casos em abril deste ano.

Ante a gravidade da situação, Teresa Kodama entende que, sem dúvida alguma, deve ser feito algo para combater a violência doméstica e para as mulheres que sofrem violência.

Também tem que se pensar na educação de agressores.

O mais importante é pensar na prevenção, com a capacitação das mulheres, fortalecendo a todas emocionalmente.

Que exerceu a função como Assessora e Primeiro, depois, como Primeira Coordenadora da Coordenação de Políticas para a Mulher do Estado de São Paulo da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.

No início da sua atividade, concretizou um projeto implementando cursos profissionalizantes nos CICs - Centros de Integração da Cidadania da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.

Foram levados cursos como corte e costura, cabeleireiro e manicure para quatro CICs, incentivando as mulheres a serem independentes economicamente.

Foi mencionado que quando a mulher está em situação de violência, ela deve tomar providências e sair de casa.

Tem que pensar em algumas medidas, tais como: deixar a documentação toda separada, as chaves do carro, se tiver carro, ter parentes que a acolham, levar os filhos.

A violência tem ciclos começando com tensão, explosão e lua de mel.  Os ciclos se tornam cada dia, cada vez mais fortes.

Têm vários tipos de violência, mas a psicológica para Teresa Kodama é pior, pois enfraquece o emocional da vítima. Então ela fica sem nenhuma vontade.

O fortalecimento da mulher é importantíssimo, para que não ocorra a carência afetiva e o enfraquecimento emocional.

Seria importante ser feito um trabalho nas escolas para as crianças e para às famílias voltadas para todas as temáticas da cidadania. 

É muito importante ser dito e existem campanhas muito importantes, sendo uma delas do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e chama-se "Carta para Mulher". Existe um formulário no próprio site da do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, onde pode ser preenchido e será encaminhado para profissionais da Coordenação da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, para que sejam tomadas as providências necessárias.

Há o aplicativo federal chamado “Direitos Humanos BR".

A mulher pode entrar em contato pelos telefones números 100, 180, 190, noticiar o fato na Delegacia de Polícia ou na Delegacia da Mulher e algumas são 24 horas, na Casa da Mulher Brasileira, GEVID, NUDEM. Têm vários locais onde a mulher denunciar.

Pode ser feito boletim "on line".

É colaboradora do IPAM - Instituto Paulista de Magistrados.

Também falou sobre o abuso de crianças e de adolescentes nesse momento que estamos vivendo de pandemia e de isolamento social.

O aumento de casos deve ser considerado.

Há um projeto que é chamado o "Eu Tenho Voz", do IPAM - Instituto Paulista de Magistrados.

Esse projeto foi idealizado pela amiga e Juíza de Direito, Doutora Hertha Helena Rolemberg Padilha de Oliveira. Ela idealizou o projeto visando o empoeiramento das crianças e adolescentes em casos de abuso.

Há voluntários como os Juízes, Promotores de Justiça e Advogados colaborando com o IPAM.

Eles vão até as escolas junto com atores que encenam uma peça chamada "Marcas da Infância”.

Os atores Fabrício, Patrícia, Daniela e Vânia, levam para as crianças de quatro situações de violência e abuso contra crianças.

Depois do teatro, os voluntários conversam com as crianças e a partir daí as crianças que sofrem abuso ou que sabem de algum caso denunciam os casos de abuso.

As denúncias podem ser feitas no IPAM, no Ministério Público, nas Delegacias de Polícia, pelos telefones 100, 181,190.

Esse projeto foi criado em 2016 e desde então, muitas pessoas assistiram e ocorreram muitas denúncias.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo também tem uma Campanha de Prevenção ao abuso de Crianças e Adolescentes.

Está na própria página do site do Tribunal de Justiça.

É importante mencionar que existe o chamado é stalker, perseguidor.

O stalker é um obsessor que persegue e tenta controlar a vítima.

No CCJ do Senado foram aprovados dois Projetos de Lei tipificado o stalking como contravenção penal ou crime.

Deixou uma mensagem, entendendo que todos devem se unir, que as mulheres tentam força, coragem e fé, para que a sociedade seja mais solidária, justa e fraterna.

A artista plástica Teresa Kodama, seguiu carreira na administração pública e atuou como Procuradora do Estado de São Paulo. E Conselheira do Conselho Estadual da Condição Feminina e também atuou como membro em várias comissões da Ordem dos Advogados do Brasil. Encerrou sua carreira profissional como coordenadora da Coordenação de Políticas para a Mulher do Estado de São Paulo da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.



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