O Brasil é um dos países com os maiores índices de assassinatos de mulheres do mundo. Segundo o Mapa da Violência de 2015, publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o país tem uma taxa de 4,8 assassinatos para cada 100 mil mulheres, ocupando a quinta posição em um ranking de 83 nações.
Inúmeros são os fatores que consolidam esta realidade, como o fato de a sociedade brasileira ainda desvalorizar as mulheres, tanto social como economicamente. Desta forma, elas são discriminadas no mercado de trabalho, ocupando cargos mais baixos e ganhando menos que os homens para exercer as mesmas funções.
É neste cenário que a Enfermagem se insere. Categoria predominantemente feminina – 86,3% no Estado de São Paulo - convive cotidianamente com a violência no ambiente profissional, social e também familiar. Dois caos ocorridos em 2016 evidenciam esta realidade. Em julho, Fernanda Sante Limeira, teve o pedido de proteção negado pela Justiça e foi morta pelo ex-marido em frente ao seu local de trabalho; em março, Janaína Caroline Cunha Alves foi agredida e asfixiada e passou cinco meses em coma. O suspeito é o então noivo da enfermeira.
Esta também é uma tendência no campo profissional. Pesquisa realizada em 2015, pelo Coren-SP – autarquia que representa os cerca de 480 mil profissionais de Enfermagem do Estado – mostra que 77% já sofreu algum tipo de violência no ambiente de trabalho, porém grande parte dos casos permanece subnotificada, devido à insegurança e vulnerabilidade que a condição de gênero impõe às vítimas.
O Coren-SP adotou o combate à violência como uma de suas principais bandeiras. Em 2015, lançou a campanha ‘Violência não Resolve”, para conscientizar a sociedade sobre esta realidade e incentivar que as vítimas denunciem. Em paralelo, está dialogando sobre a violência contra profissionais de saúde em um grupo composto pela Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo e Cremesp, para assegurar o encaminhamento e atendimento adequado a essas profissionais, combatendo desta forma a impunidade e retimização.
Por isso, o Coren-SP apoia a campanha 16 dias de ativismo Pela Não Violência Contra as Mulheres, promovida entre 25 de novembro e 10 de dezembro, buscando garantir cuidado e proteção às profissionais que dedicam a vida ao cuidar.
O Coren-SP exige das autoridades de todas as instâncias rigoroso combate contra a violência à mulher. Trabalhamos sempre em prol de assistência humana àquelas que sofrem qualquer tipo de agressão, bem como da conscientização quanto à igualdade de gênero em todas as esferas sociais.
Violência Contra Mulher Também é Problema Seu.
DENUNCIE !!! LIGUE 180
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