Em 27 de junho, aconteceu Audiência Pública, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), auditório Franco Montoro, sobre a Educação a Distância (EAD) no ensino técnico e graduação em Enfermagem.
Representações do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), incluindo a presidente, Fabíola de Campos Braga Mattozinho, estiveram presentes nesta discussão que envolveu os profissionais da área, a comunidade educacional e a população. Também confirmaram presença os presidentes do Cofen, Manoel Carlos Neri, e da Comissão de Saúde da ALESP, deputado Celso Giglio.
Recente fiscalização do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) em todos os Estados brasileiros mostra que as graduações em enfermagem a distância têm problemas como polos presenciais fantasmas, falta de laboratórios, além de ausência de convênios para a realização de estágios. Muitas vezes são ofertados por instituição de ensino sem cadastro no Ministério da Educação (MEC).
A consequência é preocupante. Estima-se que cerca de 3.500 enfermeiros estão trabalhando ou poderão ingressar nos próximos anos em hospitais e serviços de saúde do País sem os conhecimentos necessários para exercer a profissão.
“Imagina fazer a distância um curso que cuida de pessoas, que precisa de prática. Somos contra. Lamentavelmente o MEC não demonstra o menor compromisso com a qualidade da educação ao permitir a abertura de cursos de graduação a distância”, diz Fabíola de Campos Braga Mattozinho, presidente do Coren-SP.
Simultaneamente, houve moção direcionada ao presidente da Câmara Federal, Waldir Maranhão, a respeito do PL nº 2891/2015, do Deputado Federal Orlando Silva, que torna obrigatória a realização de cursos presenciais técnicos e universitários em enfermagem – em tramitação no Congresso Nacional, reforçando o apoio de São Paulo à normativa.
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