segunda-feira, 18 de julho de 2016

♥ Tango argentino e homenagem a Dominguinhos emocionam público do IV Festival Internacional da Sanfona ♥



IV Festival Internacional da Sanfona




Emoção e interatividade não faltaram na terceira noite do IV Festival Internacional da Sanfona. Com Oswaldinho abrindo o espetáculo ao som de "Asa Branca", numa pegada de blues, Mestrinho num estilo irreverente homenageando o grande Dominguinhos e a dupla argentina de tango Vanina Tagini e Gabriel Merlino conquistando simpatia com a brasileiríssima canção "Chega de Saudade", de Vinicius de Moraes e Tom Jobim, o público ficou dividido na sexta-feira (15/07) entre ovacionar os artistas e cantar à capela no auditório lotado do Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro (BA).

Oswaldinho caiu no gosto do público quando, entre uma música e outra, narrou momentos de sua vida. Solicitado pela plateia, o instrumentista tocou uma das canções de seu pai, Pedro Sertanejo, pioneiro do forró em São Paulo, e uma que fez para a filha, com o título engraçado "Corre para não apanhar". Pouco depois, os fãs de Mestrinho aplaudiram também o gingado do cantor e sanfoneiro. O destaque foi o repertório do artista, que emocionou a todos com a música "Em minha alma", dedicada ao também saudoso cantor acordeonista, Dominguinhos.




A dupla Vanina Tagini e Gabriel Merlino veio logo em seguida. Fez um passeio pelos estilos musicais da Argentina tocando clássicos como "Alfonsina y el mar" e "Yo Soy Maria", este último de Astor Piazzolla. A voz firme e afinada de Vanina, acompanhada pelo esposo bandoneonista, fez a noite ser mais romântica para os casais que assistiram a apresentação. Os dois saíram do palco sob os aplausos do público, que não economizou nos elogios. “Estou impressionada com a forma que eles e todos os artistas aqui se apresentaram. As canções, bem escolhidas, passaram uma mensagem, tinham uma qualidade, vinda dos sanfoneiros e cantores, que se vê muito pouco por aí”, afirmou Sinara Oliveira Costa, 32, que veio de Salvador, capital baiana, para o evento.




Os shows dos artistas foram à noite, mas o Festival da Sanfona começou bem antes. Logo pela manhã, o professor instrumentista, Edglei Miguel, ministrou a última aula da oficina de acordeom, que fez com os visitantes inscritos. As exposições de sanfona e de fotografia também levaram as pessoas a passearem pelos corredores do João Gilberto. À tarde, Chico Chagas e Nelson Faria, dois dos mais respeitados acordeonistas do Brasil, concluíram o workshop de improvisação musical, em que falaram sobre escalas, acordes, centros tonais maiores e menores e o desenvolvimento do fraseado. Às 17h, a programação seguiu com a "Jam Sanfona Session", espaço que durante três dias deu oportunidade para acordeonistas da região e de outros estados se apresentaram na casa de João Gilberto em Juazeiro. 





O Show de Encerramento

“Nada  é para sempre”, é uma frase que se aplica bem ao IV Festival Internacional da Sanfona. O evento encerrou a edição 2016 neste sábado (16/07), mas em grande estilo. A Orla Nova da cidade baiana recebeu o show de encerramento cantores e instrumentistas consagrados no cenário artístico nacional e internacional. Fagner e Targino Gondim, ao lado de Chico Chagas, Daniel Itabaiana, Flávio Baião, Wanderley do Nordeste, Silas França, Murl Sanders, Vanina Tagini e Gabriel Merlino, fizeram apresentações especiais na Orla Nova da cidade, às margens do Rio São Francisco.


Fotos by Ivan Cruz (Jacaré) et Regina Lima





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