Um dos eventos mais esperados dos últimos tempos foi a descoberta de vacinas contra a COVID – 19. Não apenas para a manutenção de saúde e de vidas, mas também pela esperança da retomada da economia. Na Bolsa de Valores, a vacina influenciou diretamente os preços das ações dos laboratórios, com empresas apresentando altas de mais de 500%.
Laboratórios e vacinas seguem sendo alvos de casas de análises e de investidores e isso deverá perdurar. Quem explica os motivos da vida longa destes setores é a economista e assessora de investimentos Bruna Moura Pena, da Plátano Investimentos – XP Investimentos.
“É grande o impacto do desenvolvimento das vacinas pelos laboratórios Pfizer, Moderna, Novavax, Johnson & Johnson e Astrazeneca no mercado de ações. Observamos que a expansão do setor de saúde está tornando o mercado um dos mais promissores e recomendáveis na bolsa de valores”, reforçou Bruna.
Após apresentar resultados de eficácia surpreendentes de 96,4% no combate a COVID-19, a NOVAVAX segue com alta recomendação de compra por diversas casas de análise. Negociada na bolsa americana NASDAQ, em abril de 2020, uma ação da NVAX custava US$23 dólares, já em fevereiro de 2021, a companhia bateu seu pico histórico, tendo seu papel negociado a US$290 dólares. Assim que obtiver a aprovação da agência sanitária americana para distribuição das vacinas de maneira emergencial, a perspectiva é que a instituição feche 2021 com US$ 4,6 bilhões de dólares em vendas comparado com US$ 555 milhões de dólares no segundo trimestre de 2021.
Já a alemã BioNTech teve seus papéis disparando na casa dos 180% no período de dezembro de 2019 a dezembro de 2020, se tornando uma das maiores empresas do mundo. E a empresa de Biotecnologia Moderna via uma valorização de seus papéis em 500%, ao longo do ano de 2020. Em contrapartida, ações de gigantes do mercado farmacêutico, como a Pfizer, apresentaram valorização mais modestas, na casa de 5%, e a Johnson & Johnson, 10%.
Por estas ultravalorizações podemos entender a movimentação financeira por detrás do desenvolvimento das vacinas. A pandemia fomentou ainda mais os setores de saúde, ciência e tecnologia. Alguns países como os EUA, por exemplo, injetaram bilhões nos laboratórios para acelerar o desenvolvimento das vacinas.
“Esse movimento já vinha acontecendo antes da pandemia, devido ao envelhecimento da população e a necessidade de mais remédios, hospitais e desenvolvimento do setor de saúde. A corrida bioquímica é uma crescente e fortalece investimentos em tecnologia, pesquisas e testes”, lembrou a especialista.
Vacinas e Setores Paralelos
Sabendo que a vacina é o único jeito de retomar a economia com segurança, o início da vacinação refletiu em vários setores da economia, como as empresas nos segmentos de shopping centers, viagens e consumo, segmentos estes que serão ainda mais impulsionados com uma vacinação em massa. Conforme as vacinas forem sendo distribuídas, é válido olhar também para os outros setores, como o do entretenimento.
“Para os investidores brasileiros, é possível aplicar nos papéis de laboratórios estrangeiros por mei dos BDRs, ou recibos de ações, que permitem investir em ações de empresas estrangeiras, que são negociadas aqui, no pregão da B3. Em caso de dúvida basta consultar um dos escritórios da Plátano em São José dos Campos, Taubaté Campinas e em São Paulo, onde estou sediada”, comentou a economista e assessora da Plátano Investimentos.
Em um ano em que diversos setores tradicionais, como o do petróleo, tomaram um tombo devido ao isolamento social, investir nas bio farmacêuticas tem sido uma excelente alternativa para diversos perfis de investidores.
Fonte: Plátano Investimentos: Av. Cassiano Ricardo, 319, sala 2106. Ed. Pátio das Américas. Jardim Aquarius. (12)3322-8916.
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