quinta-feira, 22 de julho de 2010

♥ FOLCLORE BRASILEIRO ♥ Folklore Brésilien ♥ Brazilian Folklore ♥

  


FOLCLORE



Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. Algumas deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.

As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.



Algumas lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil:




Boitatá
Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a  capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de  origem indígena e    que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".

Boto    
Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que       encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada               chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.

Curupira      
Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.



Lobisomem      

Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.



Mãe-D'água    
Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade   de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.



Corpo-seco    
É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.


Pisadeira    
É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.


Mula-sem-cabeça   
Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.



Mãe-de-ouro  
Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.

 Saci-Pererê    








O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna.  Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.






Curiosidades:

- É comemorado com eventos e festas, no dia 22 de Agosto, o Dia do Folclore.



- Em 2005, foi criado do Dia do Saci, que deve ser comemorado em 31 de outubro. Festas folclóricas ocorrem nesta data em homenagem a este personagem. A data, recém criada, concorre com a forte influência norte-americana em nossa cultura, representada pela festa do Halloween - Dia das Bruxas.

- Muitas festas populares, que ocorrem no mês de Agosto, possuem temas folclóricos como destaque e também fazem parte da cultura popular.

Comidas Típicas Brasileiras


O preparo dos mais diversos pratos da culinária brasileira está ligado aos aspectos socioculturais de nossa história e recebeu a influência de outros povos que aqui estiveram em épocas passadas e nos Legaram em patrimônio cultural valioso, influenciando e dominando até mesmo na alimentação. A variedade de sabores e preferências regionais, com suas especiarias e temperos próprios, tornam-se irresistíveis ao paladar mais exigente de qualquer arte da cozinha nacional.

Os índios brasileiros tinham uma mesa farta e variada, graças à abundância da caça, pesca e dos frutos silvestres, de que se serviam. A farinha de mandioca tão popular entre o povo, do mais simples ao mais requintado, é uma herança indígena. Depois de retirar a raiz, secavam-na ao sol ou ralavam-na ainda fresca numa prancha de madeira cravejada de pedrinhas pontiagudas, transformando-a em farinha alva, empapada que colocavam para escorrer e secar num recipiente comprido de palha trançada. O resultado é o tucupi, ingrediente essencial no preparo de um famoso prato da cozinha brasileira: o pato no tucupi. Além de ser usado como farofa ou para fazer beijús, pirões, sopas e mingaus, o tucupi pode ser servido como sobremesa, regado com mel. As bebidas eram extraídas dos abacaxis, do caju, guaraná, jenipapo e outros produtos nativos.

O milho muito usado pelos índios foi amplamente aceito pelos portugueses, de paladar mais refinado, que preferiam a comida preparada pelas escravas negras do que as da mão indígena. As negras eram mais experientes eram mais caprichosas na arte de comer bem e assim, introduziram o coco-da-baía, o azeite de dendê, a pimenta malagueta, o feijão preto, o quiabo e outros ingredientes para a elaboração de pratos mais requintados.

A união das três raças criou uma cozinha tipicamente brasileira, desenvolvendo o uso constante da panela de barro, da colher de pau e do fogão de lenha, indispensáveis para aprimorar qualquer quitute.

Arroz de Pequi

Feijoada  



Muqueca Baiana






Pato no Tucupi

Tradicional receita paraense, presença quase obrigatória, nas mesas, no dia em que se comemora o Círio de Nazaré. Essa receita, pode ser considerada uma das mais brasileiras de todas as nossas comidinhas. As bases da receita, o pato, a mandioca e o jambú, são todos nativos do Brasil. Jambú é uma erva parecida com o agrião nativa da Amazônia. Tucupi, é um molho feito de mandioca brava e comprado pronto, visto ser uma receita muito elaborada.



Ingredientes

- 1 pato novo (1,5 kg), limpo
- 4 dentes de alho amassados
- sal e pimenta-do-reino a gosto
- 4 colheres (sopa) de azeite de oliva (60ml)
- 4 xícaras de tucupi (cerca de 1l)
- folhas de jambú, chicória e alfavaca

Modo de Preparo


De véspera, corte o pato em pedaços, coloque numa tigela e tempere com o alho amassado, sal e pimenta a gosto e o azeite.

No dia seguinte, pré-aqueça o forno em temperatura média (180°C).

Coloque os pedaços de pato, com os temperos numa assadeira, leve ao forno pré-aquecido e asse pôr cerca de 40 minutos ou até ficarem dourados. Tire do forno.

Numa panela, coloque os pedaços de pato, regue com o tucupi, junte as folhas de Jambú, chicória e alfavaca, leve ao fogo brando e cozinhe pôr 30 minutos, ou até a carne ficar macia.

Tire do fogo.Coloque os pedaços de pato num prato de barro de servir, regue com o molho junto com as folhas de Jambú.

Leve à mesa acompanhado de arroz branco, farinha de mandioca e molho de pimenta de cheiro.






Alguns Pratos Típicos por Região :





Nordeste

Caruru

Sarapatél

Moqueca de surubim

Vatapá
Acarajé
Manguzá ou mungunzá
Farinha com caldo de  rapadura
Bobó de camarão
Paçoca
Baião de dois
Carne de sol



Norte:

Pato ao tucupi

Sopa de turú
Farofa de turú
Moqueca de pirarucu
Bicho de côco assado
Peixe assado
Beijú
Tartaruga com mandioca
Sopa de tartaruga

Centro oeste:

Galinhada
Arroz com piqui (ou pequi)
Canjiquinha com queijo
Pintado na braza
Farofa de jacaré
Porco de lata com mandioca
Peixe assado
Passarinhada
Tereré -  É o chimarrão gelado. É uma bebida mas faz parte dos costumes alimentares do povo dessa região.

Sudeste:

Leitão à pururuca
Virado à paulista
Tutu de feijão
Canjica
Feijoada
Paçoca de amendoim
Feijão tropeiro
Arroz de carreteiro
Curau
Pamonha (salgada e doce)
Frango cheio
Feijão gordo
Pipoca

Sul:

Culhão de touro cozido

Pinhão assado
Carneiro no buraco
Porco no rolete
Boi no rolete
Costela de ripa
Barreado
Churrasco
Marreco com laranja
Marreco com maçã
Joelho de porco cozido
Torta de maçã  (não se espante, em Sta Catarina a colonização é alemã)
Charque com inhame
Bolo de pinhão

Chimarrão - É uma bebida, mas no sul não é possível deixá-lo de fora.

Paula Barrozo



*Matéria Publicada na Revista Eletrônica "VARAL DO BRASIL" N°4

http://www.scribd.com/doc/34216394/VARAL-NO-4





2 comentários:

  1. Marilina Baccarat de Almeida Leão28 de julho de 2010 às 01:06

    Paula, o dia da vovó eu adorei o que você escreveu, só não consigo fazer a assinatura! Não entra! Bisous Ma Chérie!!!

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  2. Marilina Chérie,
    Vou verificar o problema...
    Logo te avisarei da solução !!!!!
    Merci por me avisar, Ma Douce Chérie !!!!
    Milllllllllllllle Bisous♥♥♥

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