Prefeito de Cristalina, Luiz Carlos Attié, Embaixador da Jordânia, Malek Twal et o Presidente da ACDF, Cleber Pires. |
A Jordânia, país árabe com pouco mais de 7 milhões de habitantes, quer aumentar seu intercâmbio comercial com o Brasil, mas prefere negociar diretamente com os empresários, sem a interferência do governo brasileiro. Esta foi, em síntese, a mensagem que o embaixador da Jordânia, Malek Twal, passou ao prefeito de Cristalina, Luiz Carlos Attié, e dezenas de lideranças empresariais do DF em almoço realizado nesta quinta-feira (26/02) na sede da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF).
Organizado pela ACDF, o encontro teve objetivo iniciar uma troca de informações sobre as potencialidades de comércio entre Brasil e Jordânia. Segundo o presidente da ACDF, Cleber Pires, a escolha de Cristalina como a primeira cidade a ser mostrada ao Embaixador se deveu ao fato de que a Jordânia tem grande interesse em importar alimentos do Brasil e de exportar fertilizantes, que é um dos principais produtos da pauta de exportações da Jordânia.
O Embaixador da Jordânia fez críticas ao Brasil, dizendo que o País não se vende bem no exterior. “Vocês são muito ruins em marketing”, provocou Malek Twal. O diplomata lembrou que a Jordânia hoje exporta US$ 400 milhões por ano e só importa US$ 5 milhões. Lembrando a condição de Cristalina de grande produtora de cristais, o Embaixador disse que a Jordânia hoje importa cerca de R$ 100 milhões em cristais, e que quase nada disso é procedente do Brasil.
Animado com a disposição da Jordânia em ampliar os negócios com o Brasil, o prefeito de Cristalina combinou uma visita do Embaixador ao município para os próximos dias. O presidente da ACDF destacou que “este primeiro encontro pode ser o embrião para a criação de uma câmara de comércio Brasil-Jordânia”. O presidente do Sindicato Rural de Cristalina, Alécio Maróstica, destacou que, além de o município estar hoje entre os principais produtores de grãos do Brasil, também poderá em breve ocupar posição de destaque no cultivo de frutas de alta qualidade, o que pode ser de interesse de países como a Jordânia, que importa quase todo o alimento que consome.
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