Companhia londrinense, uma das mais
importantes do sul do Brasil, estreia
“A Sagração da Primavera”
releitura de obra fundadora da modernidade
Pela primeira vez desde quando se tornou internacional, o FILO elege uma companhia da cidade para dar início a sua programação artística. Será também a primeira apresentação pública do novo espetáculo do Ballet de Londrina. A abertura oficial do Festival 2011 será no dia 10 de junho, às 20h30, no Teatro Ouro Verde.
importantes do sul do Brasil, estreia
“A Sagração da Primavera”
releitura de obra fundadora da modernidade
Pela primeira vez desde quando se tornou internacional, o FILO elege uma companhia da cidade para dar início a sua programação artística. Será também a primeira apresentação pública do novo espetáculo do Ballet de Londrina. A abertura oficial do Festival 2011 será no dia 10 de junho, às 20h30, no Teatro Ouro Verde.
A montagem é a concretização de um antigo desejo do coreógrafo Leonardo Ramos, que, ao resgatar A Sagração da Primavera, joga luz sobre as sombras da crueldade e da violência. A coreografia dá continuidade à pesquisa de Ramos sobre a exploração da horizontalidade e de novos eixos de apoio e equilíbrio na locomoção dos bailarinos e sobre a utilização de uma obra inspiradora para uma criação coreográfica original - procedimento de sucesso desde Decalque (2007), concebido a partir do roteiro de Romeu e Julieta.
Desta vez, o empreendimento é ainda mais ambicioso. A Sagração da Primavera é considerada a primeira obra de vanguarda que definitivamente escancarou as portas da Europa para a modernidade. O balé estreou em Paris na noite de 29 de maio de 1913 e causou escândalo pela música dissonante e rítmica de Stravinsky e pela coreografia repleta de contorções e espasmos concebida por Nijinsky.
O enredo é relativamente simples: baseada em uma antiga lenda russa, a peça narra a imolação de uma virgem, oferendada aos deuses da primavera em troca da fertilidade da terra. A jovem eleita dança freneticamente até a morte. As inovações, entretanto, residiam na forma de apresentar o ritual pagão ao público.
Na montagem do Ballet de Londrina, Leonardo Ramos optou por uma versão não orquestrada da partitura de Stravinsky. Na gravação, a música é executada por quatro pianos, que fazem o papel de todos os outros instrumentos. O cataclismo sonoro que brota do timbre pianístico, porém, logo encontra complementação na percussão dos corpos em choque com o tablado ou no sopro ofegante da respiração dos bailarinos.
Esta é, aliás, das mais agressivas e pungentes coreografias já apresentadas pela companhia, que, este ano, completa maioridade. Desde a primeira cena, o que se vê é um embate cego entre forças rivais, um movimento frenético e devastador que elege algozes para subjugar vítimas inofensivas, um confronto sem perdão que sufoca os raros lapsos de lirismo.
O figurino em tons de bege cobre os dançarinos para mostrá-los. Estes homens primordiais, vestidos pela nudez de suas próprias peles, movem-se num cenário vazio, recoberto apenas pelo linóleo preto. Tais elementos (ou ausências) evidenciam o primitivismo e a universalidade do tema.
Em Sagração há clara ambivalência entre o masculino e o feminino. O confronto entre animus e anima chega a cabo pela devoração desta por aquele, num nítido exemplar do furioso desejo da natureza frente à sedução de uma virgem. Leonardo Ramos amplifica o significado da feminilidade, dedicando sua versão da Sagração às mulheres, como “símbolo de todas as minorias”.
Ficha Técnica:
Criação: Leonardo Ramos
Direção: Leonardo Ramos
Música: Igor Stravinsky
Execução: Amsterdam Piano Quartet: Ellen Corver, Sepp Grotenhuis, Marja Bom, Gerard Bouwhuis.
Assistente de direção: Ana Maria Aromatario
Ensaiador/assistente de coreografia: Cláudio de Souza
Produção: Danieli Pereira
Fotos: Isabela Figueiredo
Maitre convidada: Carla Reinecke (Teatro Guaíra)
Figurino: Ana Carolina Ribeiro
Iluminação/Cenografia: Felipe Chepkassoff
Técnico de palco: Roberto Rosa
Designer gráfico e Web: Luís Adriano Pilchowski
Textos (imprensa): Renato Forin Jr.
Pilates: Paula Mezzaroba
Elenco: Alessandra Menegazzo, Alexandro Micale, Bruna Martins, Bruno Calisto, Carina Corte, Cláudio de Souza, Gláucia Leite, José Maria, José Ivo, Nayara Stanganelli, Marciano Boletti, Viviane Terrenta.
Bolsista: Vitor Rodrigues
Realização: FUNCART – Fundação Cultura Artística de Londrina
Patrocínio: Lei de Incentivo a Cultura/ Ministério da Cultura, Prefeitura de Londrina/ Secretaria Municipal de Cultura, Empresas TIGRE, Instituto Carlos Roberto Hansen, P.B. Lopes & Cia Veículos Scania
Apoio: Marcelo Sayhun (Fisioterapia), Marcos Valério, College Language Center, Site Conexão Dança, Rádio UEL
IMPERDÍVEL !!!
Eles são Simplesmente Maravilhooooooooooosos !!!!!
RECOMENDO !!!
RECOMENDO !!!
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