Betânia De Souza, de 49 anos, e sua mãe, Terezinha Da Luz, 72 anos, têm feito a diferença em sua comunidade. Elas moram em White Plains no estado de New York, e para ajudar começaram a confeccionar máscaras para profissionais que estão na linha de frente contra a pandemia de Coronavírus. Elas começaram com poucos e atualmente já entregaram milhares.
“Eu recebi uma ligação no dia 18 de março de uma instituição de caridade que me pediu para me envolver e fazer mascaras para doar a quem estava com muita necessidade. Como eu faço doação para SPCA nos últimos dez anos e também para St Jude Childrens Research Hospital, quando eles entraram em contato explicando a falta de PPE (que são máscaras, aventais, toucas e todo material de proteção) para os médicos e enfermeiros, eu disse para minha mãe que teríamos que ajudar."
Foi então que na manhã seguinte, dia 19, Beta buscou todas as informações sobre como deveria ser feita a máscara, como seria aceito pelos hospitais, pelo corpo de bombeiros e pela policia.
A meta, junto de sua mãe, seria doar 100 máscaras e sem cobrar nada de ninguém. Seria um presente da família para quem estava precisando. Esse foi o primeiro passo e objetivo: doar 100 máscaras.
Fizeram e doaram as primeiras 100 máscaras. Então começou a chegar mais pedidos, ligações e mensagens do White Plains Hospital, departamento de polícia e Corpo de bombeiros.
Beta enviou para Las Vegas, East Viginia, Washington, New York City, Cancer World, Polícia de White Plains, amigos, familiares e para pessoas que ela nem conheciam.
Muitas pessoas passavam mensagens relatando que estavam doentes, com vírus, e familiares doentes, algumas famílias com 3 a 4 filhos.
"Eu fazia e deixava as máscaras na sacada da minha casa, em um saco marrom de papel escrito com o nome da pessoa e uma carinha “happy” em uma mascarazinha. As pessoas que eram de longe, eu enviava via correio, totalmente de graça". diz Beta
Nenhuma pessoa até este momento pagou pelas mascaras e nem pelo envio, porque sentiu que estavam vivendo um momento ruim, uma crise e que devemos abrir os olhos para que mais pessoas se unam assim.
Quando elas começaram a fazer as primeiras máscaras que ficaram prontas para serem entregues no dia 20 de marco. No outro dia, muita gente ligou rindo.
Em media elas fazem 150 a 200 mascaras por dia.
"Uma amiga me pediu 20 máscaras para ela e seus familiares. Eu disse que teria que entrar na fila de espera porque para mim, agora, é priorizar a linha de frente, como os médicos, enfermeiros, policiais, bombeiro e supermercados de White Plains.
Quando cheguei nas 1000 máscaras, falei para minha mãe que agora ultrapassamos a nossa meta e conhecemos pessoas que nunca conheceríamos, muitas de excelente índole, muitos médicos, enfermeiros, policiais, bombeiros. Cada pacotinho que eu entrego, vejo no olho das pessoas o sorriso e a alegria”. Finaliza Beta.
Divulgação Gisele Cadamuro/Fotos Acervo pessoal
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