Exposição assinada pelo artista Dilson Cavalcanti vai de 10 de outubro a 30 de novembro,
no Metrô acesso à estação Trianon-Masp, calçada da Fiesp. A exposição é gratuita e acessível durante o horário de funcionamento da estação.
Personalidades femininas, tais como Dra. Zilda Arns, Santa Dulce dos pobres, Rita Lee ou Elza Soares, são homenageadas nos quadros que adornam o corredor de acesso ao Metrô Trianon Masp, de quem vem das proximidades do número 1313 da av, Paulista, em frente à FIESP. São 14 quadros, cujo mote é a figura iconográfica da Monalisa, obra clássica do gênio Leonardo Da Vinci , mas cujas faces são ocupadas pelas figuras célebres de mulheres notáveis do Brasil. O nome da exposição é Monalisas Brasileiras, inaugurou em 10 de outubro e que fica em exposição até 30 de novembro, com acesso grátis.
A iniciativa é do artista plástico Dilson Cavalcanti, pernambucano radicado em São Paulo, e que tem construído um conjunto de obras abstratas ao longo dos últimos 12 anos. O pintor tem suas obras em Frankfurt (Alemanha), Alicante (Espanha) e Orlando (EUA), mas é a primeira vez que seu trabalho ocupa um espaço público e de acesso gratuito. “Quando iniciei esse trabalho, me pautei na efeméride dos 500 anos de morte do mestre Da Vinci. Logo depois, veio a informação de que no fim deste ano, haveria uma exposição de parte de suas obras no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo“, ressaltando a coincidência. “Homenagear mulheres que admiro, cada uma por um motivo próprio, a partir da figura emblemática da obra de Da Vinci, tem sido uma experiência valiosa, pois hoje já desdobramos o trabalho para outras mulheres. Estamos com convites para expor em outras cidades e a cada exposição, novos ícones femininos poderão ser explorados. Acho que o projeto, por tudo isso, atingiu o objetivo primordial da arte, que é atingir e encantar as pessoas, onde quer que elas estejam“.
Hebe Camargo, Chiquinha Gonzaga, Dandara, Tarsila do Amaral, Princesa Isabel, Leila Diniz, Maria da Penha, Carmem Miranda, Chica da Silva e Anita Garibaldi também compõem a exposição.
500 de morte de Da Vinci
Em 2 de maio deste ano, foi celebrado o quinto centenário da morte de Leonardo Da Vinci. Um dos precursores da atividade de divulgação científica, o artista já havia percebido, no século 15, a importância da difusão do conhecimento, ao estabelecer que o dever do homem da ciência é a comunicação.
Veja a descrição de algumas das Monalisas Brasileiras homenageadas na exposição
Dandara: Todo mundo sabe que Zumbi foi o líder do Quilombo dos Palmares, mas quantas vezes ouviu-se falar de Dandara? Ela foi a mulher de Zumbi e lutou ao lado dele pela libertação dos negros no período colonial. Sua história é rodeada de mistérios, mas sabe-se que ela não fugia de uma briga, lutava capoeira, sabia manejar armas e caçava muito bem. Suicidou-se em 1694, junto com vários outros quilombolas, durante a tomada de Palmares.
Tarsila do Amaral: Ela assina a obra da pintura brasileira mais valorizada da História, o Abaporu (que ultrapassa US$ 2,5 milhões). Tarsila é um dos nomes centrais da primeira fase do modernismo artístico no Brasil e foi uma das responsáveis pela organização da revolucionária Semana da Arte Moderna de 1922, realizada em São Paulo.
Maria Quitéria: Considerada a Joana D’Arc brasileira, Maria Quitéria de Jesus lutou pela independência do Brasil, no início do Século XIX. Para poder entrar em combate, ela disfarçou-se de homem e apresentava-se como soldado Medeiros aos outros oficiais. Acabou sendo desmascarada pelo próprio pai, mas foi defendida por seu comandante e continuou lutando ao lado dos homens.
Princesa Isabel: Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bourbon-Duas Sicílias e Bragança nasceu no Rio de Janeiro, 29 de julho de 1846, apelidada de "a Redentora", foi a segunda filha, a primeira menina, do imperador Pedro II do Brasil e sua mulher, a imperatriz Teresa Cristina das Duas Sicílias. Como a herdeira presuntiva do Império do Brasil, ela recebeu o título de Princesa Imperial. Foi ela quem promoveu a abolição da escravidão e acabou assinando a Lei Áurea, em 1888. Apesar da ação popular, houve forte oposição contra sua sucessão ao trono. A monarquia brasileira foi abolida em 1889 e ela e sua família foram exiladas por um golpe militar. Isabel passou seus últimos 30 anos vivendo calmamente na França.
Rita Lee: Cantora e compositora , alcançou a impressionante marca de 55 milhões de discos vendidos. Rita Lee construiu uma carreira que começou com o rock, mas que ao longo dos anos flertou com diversos gêneros, como a psicodelia durante a Tropicália, movimento musical dos anos 1970, pop rock, disco, new wave, MPB, bossa nova e eletrônica, criando um hibridismo pioneiro entre gêneros internacionais e nacionais. Rita Lee é uma das mulheres mais influentes do Brasil, sendo referência para as jovens de sua época. Ex-integrante do grupo Os Mutantes (1968-1972) e do Tutti Frutti (1973-1978), Rita participou de importantes revoluções no mundo da música e da sociedade.
Leila Diniz: Em plena ditadura militar, Leila era defensora do amor livre e da emancipação feminina. Foi pioneira em usar biquíni na praia durante a gravidez e abriu caminho para que esse tabu fosse desmistificado. Aos 20 e poucos anos, era uma das maiores musas da televisão brasileira e também a que mais falava sobre sexo abertamente. Morreu aos 27 anos, em um acidente aéreo. Ela voltava de uma viagem à Austrália e sua filha tinha apenas sete meses, na época.
Zilda Arns Neumann: Reconhecida como uma das maiores ativistas humanitárias do Brasil, foi uma pediatra importantíssima para a redução da mortalidade infantil no país. Seu legado iniciou-se em 1983, quando ela fundou a Pastoral da Criança, uma gigantesca instituição ligada à Igreja Católica que hoje funciona em 20 países e atende a mais de 1,5 milhão de crianças e adolescentes. Zilda faleceu no Haiti, em 2010, vítima do terremoto que dizimou o país naquele ano.
Chiquinha Gonzaga: Foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil e também é autora da primeira marchinha de carnaval da história: “Ó Abre Alas”, composta em 1899. Trocou o marido pela arte, criou dois filhos sozinha, compôs mais de 2.000 músicas e ainda lutou contra a monarquia e em favor da abolição da escravatura. O Dia Nacional da Música Popular Brasileira é comemorado em 17 de outubro, data em que ela nasceu.
Sobre o artista
Dilson Cavalcanti, que é empresário na capital paulista, usava pincel, tela e acrílico e com o passar do tempo conquistou novas experiências, adquiriu e descobriu novas técnicas, por meio de estudos e pesquisas ao lado do pintor e professor Rubens Pontes. Do acrílico sobre tela, o artista buscou novas bases, como cartolinas e papelão, bem como técnicas com espátula e pintura sobre base lavada. O resultado é um trabalho fluido, com cores transparentes, visual rico e impactante. Autodidata e criativo, o artista plástico Dilson Cavalcanti cria com a alma, extraindo da emoção as pinceladas que desvendam a sutil leveza e harmonia das cores.
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