©Foto de Jean Mohr. Refugiados moçambicanos, manifestações e canções na escola Nyimba na Zâmbia, 1968 |
Mostra ao ar livre retrata as vítimas dos conflitos
armados no mundo
De 16 a 22 de novembro
Parque do Ibirapuera: Arena da Ponte de Ferro/Pavilhão das Culturas Brasileiras
O Consulado Geral da Suíça em São Paulo, com apoio da Prefeitura de São Paulo, apresenta o trabalho comovente do fotógrafo suíço Jean Mohr, que retrata as vítimas dos conflitos armados no mundo.
©Foto de Jean Mohr. Refugiados curdos aguardando distribuição de comida, campo de Qatr, Mahabad, Irã, 1991 |
Desde os anos 1940, Jean Mohr retratou os conflitos e os deslocamentos de refugiados de guerras ao redor do mundo, a partir do ponto de vista das vítimas civis. Crianças brincando em meio a destroços de carros atingidos por mísseis e pessoas nas imensas filas, esperando pela comida são algumas das cenas retratadas pelo fotógrafo. Nascido em Genebra, ao longo das últimas décadas, Jean Mohr trabalhou nas zonas de conflitos, documentando a situação de civis para entidades como o Comitê da Cruz Vermelha Internacional (CICV) e a Organização das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), entre outras.
As 40 imagens em preto e branco de Mohr, integram o acervo do Musée de l’Elysée, Lausanne/Suíça, uma referência para a fotografia mundial.
“A mostra já passou por diversas cidades no mundo, antes de chegar ao Brasil, e tem como eixo a ênfase nos valores humanitários, que são de grande significado para a Suíça e, na atualidade, uma das principais pautas da política internacional”, como declara o Cônsul geral da Suíça em São Paulo, sr. Claudio Leoncavallo.
As imagens são apresentadas em totens de alumínio fotovoltaicos, montados ao ar livre na Arena da Ponte de Ferro/Parque do Ibirapuera. Os equipamentos são sustentáveis, tendo a energia solar como base de seu funcionamento.
A abertura da mostra aconteceu no dia 16 de novembro, as 19h, houve projeção de imagens na fachada do Pavilhão das Culturas Brasileiras.
A exposição é gratuita e fica aberta ao público durante todo o período de funcionamento do Parque do Ibirapuera e “tem como objetivo trazer ao público brasileiro uma obra fotográfica de alcance mundial e que toca profundamente a sociedade contemporânea que, hoje, vive inexoravelmente a questão dos refugiados” comenta Célia Gambini, adida cultural do Consulado Geral da Suíça em São Paulo.
©Foto de Jean Mohr. O fotógrafo fotografado, Jerusalém, 1979 |
Sobre Jean Mohr e a tradição humanitária da Suíça
Observador, preciso, realista, moderado, calmo e tranquilizador. Essas qualidades permitiram ao fotógrafo Jean Mohr desenvolver um estilo clássico que é ao mesmo tempo simples e modesto. Numa época em que certas crises tendem a produzir uma torrente de reportagens humanitárias, sua contenção é ainda mais notável.
Nascido em 13 de setembro de 1925, em Genebra, Suíça, criado e educado em Genebra, formou-se em administração. Filho de alemães oponentes do nazismo, seus pais receberam a cidadania suíça em 1939. No final dos anos 1940, passa a trabalhar como delegado do CICV para o Oriente Médio. A partir da década de 1950, dedica-se à fotografia e publica seus primeiros trabalhos. Suas fotos foram expostas em várias cidades do mundo. Mais recentemente, alguns de seus trabalhos foram apresentados no Memorial da Paz de Hiroshima, no Japão, e no Musée de l’Elysée, em Lausanne, Suíça.
Como fotógrafo, Jean Mohr perpetua a tradição humanitária da Suíça, que começou com a criação do CICV pelo suíço Henry Dunant e que continua ser vivida todos os dias, por exemplo, com o trabalho diário do CICV em Genebra ou o apoio oferecido pela Suíça a várias organizações humanitárias.
Sobre o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV)
A história do CICV começa com a traumática experiência do suíço Henry Dunant durante a Batalha de Solferino, um sangrento combate travado em 1859 entre o exército francês e austríaco no norte da Itália. Esse combate deixou um saldo de milhares de mortos e um número ainda maior de feridos sem assistência espalhados pelo campo de batalha. Procurando criar uma rede de assistência aos feridos de guerra, ele fundou em 1863, em Genebra, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). Em 1864, o governo da Suíça convocou uma Conferência de Estados que aprovou o texto da Primeira Convenção de Genebra, que estabelecia a obrigação dos Estados em conflito a respeitar e cuidar dos militares feridos ou doentes sem discriminação. Esse foi o ponto de partida para estabelecer as bases do Direito Internacional Humanitário (DIH), que, ao longo dos anos, vai continuar se desenvolvendo com a adoção de novos instrumentos internacionais pelos Estados, em especial as Convenções de Genebra de 1949 e os Protocolos Adicionais de 1977. Estas Convenções são um conjunto de regras que protege os civis e as pessoas que não mais participam do combate, incluindo militares feridos e doentes ou prisioneiros de guerra. A função delas não é parar a guerra, mas limitar a barbárie nos conflitos armados.
©Foto de Jean Mohr. Escola, campo de Kyangwali, Uganda, 1968 |
SERVIÇO
Exposição Suíça Humanitária: Junto às Vítimas - Fotografias de Jean Mohr Parque do Ibirapuera Arena da Ponte de Ferro/Pavilhão das Culturas Brasileiras Entrada pelo portão 03 (de carro) – estacionando atrás do Mam e seguindo pela ciclovia no sentido planetário.
De 16 a 22 de novembro Das 06h às 22h
Entrada gratuita
Abertura 16 de novembro, a partir das 19h.
CONTATO:
Consulado Geral da Suíça em São Paulo - Tel 55 11 3372 82 00 Célia Gambini – sao.evento@eda.admin.ch Thais Tomazi – sao.evento@eda.admin.ch
©Foto de Jean Mohr. Refugiada moçambicana na missa de domingo, área de instalação em Lundo, Tanzânia, 1968 À NE PAS MANQUER !!! |
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