Mats Ek e Ana Laguna se apresentam no Teatro Alfa
dias 20 e 21 de outubro, sábado e domingo
Fotos by Lesley Leslie Spinks |
Vinda de Mats Ek (72 anos), Ana Laguna (62 anos) e Yvan Auzely (59) celebra a maturidade e a plenitude dos que dominam seu ofício artístico. Ana e Mats dançam o espetáculo Memory. Em seguida, Ana e o bailarino francês Yvan Auzely apresentam Axe, coreografia de Mats Ek. A noite encerra com exibição do vídeo de dança Old and Door, criação de Mats Ek dançada por sua mãe, Birgit Cullbert, em 1991
Nos dias 20 e 21 de outubro, sábado, às 20 horas, e domingo, às 18 horas, o coreógrafo sueco Mats Ek e a bailarina espanhola Ana Laguna se apresentam juntos pela primeira vez em palcos brasileiros em uma celebração à dança da maturidade. Junto com Pina Baush, Mats Ek compõe o rol de criadores mais potentes dos séculos 20 e 21. Contemporâneos, criaram linguagens distintas e transformadoras, com alta carga teatral. Ana Laguna já havia se apresentado no Teatro Alfa em 2010, junto com Mikhail Baryshnikov. As coreografias apresentadas serão Memory (2004), dueto de Mats e Ana; Axe (2015), em que Ana dança ao lado do bailarino francês Yvan Auzely; e exibição do vídeo-dança Old and Door (1991), um registro ainda inédito no Brasil que mostra Birgit Cullbert, pioneira da dança moderna na Suécia e mãe de Mats Ek, dançando coreografia que seu filho fez especialmente para ela em 1991.
A vinda do casal faz parte da comemoração dos 20 anos do Teatro Alfa e da sua 15ª Temporada de Dança. Já se apresentaram neste ano o Grupo Corpo, a Cie. DCA, a São Paulo Companhia de Dança e a Cia. de Dança de Deborah Colker. Após as apresentações de Mats Ek e Ana Laguna, o encerramento da temporada ficar por conta da Tanztheater Wuppertal, companhia de Pina Bausch que se apresenta entre 29 de novembro e 2 de dezembro. “Acreditamos que nosso lugar na dança é o mesmo de quando éramos jovens: fazendo o melhor possível dentro das nossas possibilidades com os recursos que temos hoje”, afirmam Mats e Ana.
No Teatro Alfa, o programa será composto por Memory, Axe e o vídeo Old and Door. “Criamos um programa com uma conexão dinâmica entre cada uma das obras. Mesmo que interpretadas por bailarinos mais velhos, não se tratam necessariamente de peças sobre o envelhecimento”, diz Mats Ek. O artista também afirma que a participação de Ana Laguna nos três trabalhos cria uma nova camada de conexão entre elas.
“Eu não estou interessado em mostrar dança, mas a vida em si, através de situações humanas.” A frase de Mats Ek tem muito a dizer sobre o dueto Memory, que interpreta junto com Ana Laguna, bailarina que se tornou sua esposa e fonte de inspiração para muitos de seus espetáculos. Além de inédita no Brasil, a presença do casal no palco é acontecimento raro. Em cena, Mats Ek e Ana Laguna celebram a maturidade e a plenitude daqueles que dominam seu ofício artístico. Concebido em 2004, Memory evoca as recordações de um homem, que transforma o passado em presente, moldando uma nova realidade a partir do que ficou perdido no tempo.
Nascida na Espanha, Ana Laguna ingressou aos 18 anos no Cullberg Ballet, que Mats Ek dirigiu de 1985 a 1993. Ao longo da carreira, ambos trabalharam separadamente muitas vezes, desenvolvendo projetos artísticos independentes. Associando técnica e expressividade, Ana Laguna tornou-se um ícone da dança. Rudolf Nureyev e Mikhail Baryshnikov estão entre os parceiros que dividiram o palco com ela.
O dueto Axe (2015), dançado por Ana Laguna e Yvan Auzely, parte de uma situação corriqueira – o corte de lenha – para exibir o confronto entre dois personagens. Para ele, o corte é uma questão prática. Para ela, um ato de violência. Ao fim, a diferença de opiniões gera uma nova intimidade. Yvan Auzely tem 59 anos e também fez parte da Cullberg Ballet, tendo sido dirigido por Mats Ek em diversas obras, como Giselle, Antígona, O Lago dos Cisnes, Carmen e A Sagração da Primavera.
O desfecho do programa terá exibição do filme Old and Door, gravação de uma coreografia criada por Mats Ek em 1991 para sua mãe, a bailarina sueca Birgit Cullbert, pioneira da dança moderna no país. As cenas nunca foram exibidas no Brasil. Além de Birgit, que tinha 83 anos no momento da gravação do vídeo, participam também Ana Laguna e Yvan Auzely. “Minha intenção foi capturar o grande talento da Birgit como intérprete antes que fosse tarde demais. O vídeo não é um retrato dela, mas sim de memórias, desejos e medos de uma mulher da sua idade”, conta Mats Ek.
O coreógrafo sueco construiu um repertório marcado, muitas vezes, pela releitura de clássicos, seja da literatura ou do balé. Em espetáculos como Giselle e A Casa de Bernarda Alba, que já vieram ao Brasil, explorou com maestria o viés psicológico dos personagens, inserindo-os em contextos contemporâneos e universais, sem desrespeitar a estrutura original das obras. As plateias brasileiras que se apaixonaram pelas suas criações terão a chance de vê-lo dançando aos 72 anos junto com Ana Laguna, que continua magnetizante aos 62.
Serviço
Mats Ek e Ana Laguna
Axe (2015), Memory (2004) e Old and Door (1991). 20 e 21 de outubro, sábado, às 20 horas, e domingo, às 18 horas. Duração: ** minutos. Classificação: Livre. Ingressos: Plateia superior - R$ 75 (inteira) e R$ 37,50 (meia). Plateia - R$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia).
Teatro Alfa – Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, tel. (11) 5693-4000
Site: www.teatroalfa.com.br Ingresso rápido ou pelos telefones: 11 5693-4000 | 0300 789-3377 Acessibilidade - motora e visual. Estacionamento: Sala A. Vallet R$ 45,00 Self Park R$ 31,00 Capacidade: 1.110 lugares.
História em Números
Entre 1998 e 2017, em suas Salas A e B (1.110 e 200 lugares, respectivamente), o Teatro Alfa apresentou 675 espetáculos. Entre todos os títulos, foram 7.249 apresentações, um público total (contando espetáculos artísticos, projetos sociais eventos) de 3 milhões e 145 mil pessoas e um público de espetáculos abertos (com venda de ingressos) de 2 milhões e 400 mil pessoas. Desde 2003, quando foi lançada oficialmente a Temporada de Dança, foram 762 apresentações para um público de 658.183 pessoas. Participaram 47 companhias internacionais e 18 nacionais durante esses anos. “Tomamos a decisão de trabalhar com foco na dança em 2003, mas a primeira edição vendida sob a forma de assinatura aconteceu em 2004", informa Elizabeth Machado. "Se quisermos considerar os números só a partir de 2004, teremos 738 apresentações e um público de 636 mil e 871 pessoas", completa. Na abertura do teatro, em 1998, viram para cá Cirque Eloize, Alwin Ailey American Dance Theater, The Parsons Dance Company e Twayla Tharp Dance Company, além das nacionais Mimulus Cia de Dança e Cia de dança do Amazonas.
Programação Completa da Temporada de Dança 2018
Grupo Corpo – 2 a 12 de agosto
Quarta e quintas, 21 horas; Sextas, às 21h30; Sábados, às 20 horas; Domingos, às 18 horas
Gira (2017) e 21 (1992).
Cie. DCA – Philippe Decouflé – 31 de agosto a 2 de setembro
Sexta, 21h30, sábado, 20 horas e domingo, às 18 horas
Nouvelles Pièces Courtes (2017)
São Paulo Companhia de Dança – 15 e 16 de setembro
Sábado, 20 horas e domingo, às 18 horas
Melhor Único Dia (2017), 14’20” (2002) e uma estreia de Joëlle Bouvier
Cia. de Dança Deborah Colker – 20 a 23 de setembro e 26 a 30 de setembro
Terça a quinta, às 21 horas, sexta, 21h30, sábado, 20 horas e domingo, às 18 horas
Nó (2005 - releitura)
Mats Ek e Ana Laguna – 20 e 21 de outubro
Sábado, 20 horas e domingo, às 18 horas
Memory (2004), Axe (2015) e Old and Door (1991)
Tanztheater Wuppertal/Pina Bausch – 29 de novembro a 2 de dezembro
Quinta, às 21 horas, sexta, 21h30, sábado, 20 horas e domingo, às 18 horas
Néfes (2003)
Quarta e quintas, 21 horas; Sextas, às 21h30; Sábados, às 20 horas; Domingos, às 18 horas
Gira (2017) e 21 (1992).
Cie. DCA – Philippe Decouflé – 31 de agosto a 2 de setembro
Sexta, 21h30, sábado, 20 horas e domingo, às 18 horas
Nouvelles Pièces Courtes (2017)
São Paulo Companhia de Dança – 15 e 16 de setembro
Sábado, 20 horas e domingo, às 18 horas
Melhor Único Dia (2017), 14’20” (2002) e uma estreia de Joëlle Bouvier
Cia. de Dança Deborah Colker – 20 a 23 de setembro e 26 a 30 de setembro
Terça a quinta, às 21 horas, sexta, 21h30, sábado, 20 horas e domingo, às 18 horas
Nó (2005 - releitura)
Mats Ek e Ana Laguna – 20 e 21 de outubro
Sábado, 20 horas e domingo, às 18 horas
Memory (2004), Axe (2015) e Old and Door (1991)
Tanztheater Wuppertal/Pina Bausch – 29 de novembro a 2 de dezembro
Quinta, às 21 horas, sexta, 21h30, sábado, 20 horas e domingo, às 18 horas
Néfes (2003)
Teatro Alfa – Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, tel. (11) 5693-4000
Site: www.teatroalfa.com.br. Ingresso rápido ou pelos telefones: 11 5693-4000 | 0300 789-3377. Acessibilidade - motora e visual. Estacionamento: Sala A. Vallet R$ 45,00 Self Park R$ 31,00. Capacidade: 1.110 lugares.
Sobre o Teatro Alfa
O Teatro Alfa completa 20 anos de operação em abril de 2018. Nesse período, fez 7.190 apresentações para um público de 3.146.458 pessoas, conquistando espaço relevante na cena cultural da cidade de São Paulo. Administrado pelo Instituto Alfa de Cultura, o Teatro Alfa é um teatro privado que mantém temporadas regulares nas áreas de dança e teatro infantil, apresentando também espetáculos musicais de grande porte, música erudita e popular e teatro adulto. O Teatro Alfa foi idealizado para múltiplo uso e equipado com excelente mecânica cênica, iluminação e sonorização. A sua manutenção exemplar o mantém em perfeito estado de conservação e investimentos são feitos para constante atualização técnica. Com duas salas, os espaços são versáteis e acomodam todo tipo de espetáculo. O Teatro Alfa acolhe com total adequação espetáculos de dança, óperas, orquestras, música popular, teatro e musicais, além de dispor de ótima infraestrutura para realização de congressos e seminários. Segundo a avaliação de artistas produtores, companhias e do público, o Teatro Alfa supera as expectativas por ser conduzido por uma equipe altamente qualificada, apta a receber produções sofisticadas e de grande exigência técnica.
Na Sala A, com capacidade para 1110 lugares, a plateia foi projetada para envolver o palco, permitindo sua melhor exploração. De qualquer uma de suas poltronas, o público tem total conforto e uma visão privilegiada dos espetáculos. A Sala B, com capacidade para 200 lugares, abriga teatro adulto, infantil e música. Inaugurada por Raul Cortez, por lá já passaram nomes como Marco Nanini, Yamandú Costa, Helena Meirelles (último espetáculo de sua carreira), Nuno Mindelis, Ricardo Herz, Walderez de Barros, Selton Melo e Angela Dip, entre outros.
À NE PAS MANQUER !!!
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