"Acho que a minha média está bem legal", avalia Daniel Filho, o Homenageado do Troféu Cidade de Gramado
"Eu sempre achei que o que valia de uma pessoa era a média do que ela conseguiu da vida - e acho que a minha média está bem legal". Chegando a Gramado, o diretor, ator, produtor e roteirista Daniel Filho não esconde sua alegria em ser lembrado pelo evento. Fazendo uma avaliação de sua carreira, ele diz que é sempre muito agradável receber uma homenagem e que ninguém pode dizer que não gosta de ser lembrado desta maneira. O cineasta, que recebe o troféu Cidade de Gramado neste sábado (07), estreou no cinema como ator em 1955 no longa "Colégio de Brotos" e, desde então, realizou dezenas de filmes na frente e atrás das câmeras. Sua trajetória é agora rememorada por Gramado.
Cinéfilo apaixonado, Daniel Filho diz ter uma coleção de cinco mil filmes dos mais diversos lugares do mundo. Quanto ao cinema que ele próprio realiza, o carioca acha curiosa a ligação que são eventualmente feitas entre sua carreira e a comédia, além de fazer questão de afirmar: "Em primeiro lugar, eu sou ator, esta é minha base profissional. O que eu faço melhor, realmente, eu não sei. Acredito que eu seja melhor produtor, mas gosto de dirigir e gosto muito de representar". Com origem no circo e passagens pelo teatro de revista, Daniel foi para TV, onde procurou explorar todas as possibilidades possíveis como ator, produtor, diretor, supervisor e diretor artístico.
A multiplicidade de papeis de Daniel Filho se estende ao cinema e a TV, o que acaba trazendo para o ator e realizador a tarefa de adaptar suas visões para duas plataformas distintas. "O objetivo nunca deixa de ser o público, mas o espectador da televisão não é o mesmo do cinema. No cinema você tem que tirar a pessoa de casa, você tem que fazer com que a pessoa vá até o local. Na televisão, você precisa fazer com que não mudem de canal e que voltem após o comercial. A narração e o enquadramento também são diferentes. Aparentemente o produto é o mesmo, mas é outra referencia. São dois desafios diferentes", avalia Daniel.
Sobre os amigos que fez ao longo de tantos filmes e trabalhos na TV, Daniel Filho cita com carinho o amigo Boni. "É difícil mencionar alguns sem deixar outros de fora, mas indubitavelmente o Boni é uma das pessoas mais importantes da minha vida, como profissional, amigo e companheiro”. Também são lembrados pelo homenageado figuras especiais em sua trajetória como Janete Clair, o Euclydes Marinho, Domingos de Oliveira, Lauro Cesar Muniz e principalmente Chico Anysio, "um amigo de velhas jornadas, sempre de braços dados". Olhando para trás, Daniel Filho é categórico: "Não me arrependo de nada. Até poderia ter pensado mais, mas não pensei. Os erros são importantes e aprendi mais com eles".
Daniel Filho recebe o Troféu Cidade de Gramado neste sábado (07), a partir das 21h no Palácio dos Festivais. Antes da Homenagem, ele conversa com imprensa e público a partir das 18h na Sociedade Recreio Gramadense.
O 43º Festival de Cinema de Gramado é uma realização do Ministério da Cultura e da Gramadotur e uma promoção da Prefeitura Municipal de Gramado. Tem patrocínio da Oi, BNDES, Stella Artois e Petrobras, e copatrocínio do Banrisul. Apoio especial: DUOCASA. Apoio: Oi Futuro, Nikon, Caracol Chocolates, Snowland, Cristais de Gramado, PRAT-K, Stemac, CiaRio, O2 PÓS, Canal Brasil, TVCOM, RBSTV, Revista de Cinema, TVE, Hotel Serra Azul e Unimed. Apoio institucional: Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, ACCIRS, APTC, Fundacine, IECINE, SIAV E Corsan. Transportadora oficial: Avianca. Agência oficial: Vento Sul. Agente Cultural: AM Produções. Promoção: Prefeitura de Gramado. Financiamento do Pró-Cultura RS, Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Realização: Gramadotur, Ministério da Cultura, Governo Federal, Brasil Pátria Educadora.
(Repórter: Matheus Pannebecker / Foto: Cleiton Thiele/Pressphoto)
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